E eis que a Fórmula GT30 chega a Portugal, em busca de jovens talentos para formar e assim garantir um futuro de sucesso para a motonáutica lusitana.
Nascida já há alguns anos, a Fórmula GT30 é uma classe iniciação à competição, que representa um passo muito importante na formação de jovens pilotos para a prática da modalidade.
Desde o seu lançamento e oficialização que foi bem acolhida por parte das principais entidades federativas nacionais de todo o mundo, cientes do papel importante que poderia desempenhar na formação de jovens pilotos.
A Fórmula GT30 assume-se como uma classe que democratiza o acesso à prática da modalidade, mercê dos seus custos relativamente baixos e controlados, ponto que está na base do seu sucesso.
Faz parte de um grupo de classes com essa dupla condição de formação e iniciação à competição, a exemplo do que acontece da classe GT15, que a antecede em grau de evolução.
Os jovens pilotos têm assim uma primeira oportunidade de experimentar uma verdadeira classe de competição fator essencial na construção de uma carreira desportiva na motonáutica. Permite-lhes começar a perceber e a desenvolver capacidades ao nível do que é andar num barco monolugar, do que é uma corrida de barcos, ou seja, de tudo quanto rodeia o desafio de estar a competir com outros barcos muito perto.
Tecnicamente, são utilizados motores a quatro tempos com potência limitada a 30 cavalos e respeitando rigorosas normas do foro ecológico. As velocidades atingidas são relativamente reduzidas, da ordem dos 70 a 80 km/h. Os cascos utilizados são produzidos por várias marcas que apostam neste mercado. Têm 4 metros de comprimento por 1,70 metros de largura, aproximadamente 180 quilos de peso, já com o conjunto casco-motor.
A introdução da Fórmula GT30 em Portugal
A vinda para o nosso país desta aliciante fórmula de formação e competição, nasce de uma parceria estabelecida entre a Federação Portuguesa de Motonáutica e parceiros técnicos com vasta experiência nas fórmulas de promoção.
A entidade federativa assume como ponto fulcral da sua atuação, uma aposta vincada na criação de polos e classes de formação, em todas as modalidades que tutela e promove.
Assim surgiu o projeto Fórmula GT30 que, em 2019, terá já o seu primeiro campeonato nacional, regulamentado pela FPM e contando com o apoio técnico da Atlantic Academy.
Neste campeonato nacional participarão já alguns dos jovens pilotos que têm estado envolvidos no programa de formação da Fórmula Futuro, sendo estratégia da FPM estimular a entrada para a FGT30 de novos pilotos, quer a título individual, quer em representação de clubes filiados.
A Federação terá a tutela regulamentar e a coordenação geral do campeonato, bem como um papel preponderante na escolha dos pilotos que serão alocados ao programa. No campeonato poderão participar ainda outros pilotos que adquiram os barcos, garantindo assim um forte índice competitivo no ano de nascimento da Fórmula GT30. A expectativa é que a participação nas provas superará, numa primeira fase, a dezena de pilotos no plano de água.
A Atlantic Academy é assumida por um consórcio constituído pela equipa portuguesa Atlantic Team, dirigida por Duarte Benavente e pela equipa-escola finlandesa Selio Racing Academy, também ela dirigida por um piloto internacional, Sami Selio.
À Atlantic Team coube o fabrico dos barcos adquiridos pela Federação Portuguesa de Motonáutica, com o apoio do IPDJ – Instituto Português do Desporto e da Juventude, ficando a cargo do consórcio toda a parte logística e de manutenção dos barcos, ao longo da temporada, quer nas provas do campeonato, quer na manutenção fora de competição.
Uma pedrada no charco. Um passo resoluto rumo a um futuro promissor.
É assim que é vista a chegada da Fórmula GT30 ao mundo da motonáutica nacional. Numa altura em que a modalidade conta com Duarte Benavente a brilhar ao mais alto nível nos mundiais de Fórmula 1 e de Fórmula 2, este é um passo decisivo para encontrar os dignos sucessores que, um dia mais tarde, poderão brilhar nos palcos internacionais da modalidade.