Federação Portuguesa de Motonautica

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História

A Motonáutica é uma modalidade com uma longa tradição em Portugal.

As suas origens remontam a meados do século XX, período durante o qual era uma actividade cultivada por um grupo de entusiastas ligados ao Clube Naval de Cascais e à náutica de recreio. Entre os primeiros praticantes encontram-se personalidades como as do Conde de Monte Real, Conde de Caria, Marinho de Abreu, Miguel Mayer, Bernardo Arnoso, João Castro Pereira e Pinto Basto.

A partir de 1960, as actividades do desporto náutico motorizado passam a ser coordenadas por uma “Autoridade Nacional”, delegada da U.I.M – Union Internationale Motonautique, presidida pelo Eng.º João Carlos Marinho de Abreu, apoiada em termos logísticos pelo Clube Naval de Cascais, e que está na base das primeiras provas nacionais com carácter oficial, então divididas em duas classes: EU – Competição e ET – Turismo.

Estas primeiras acções estimularam diversos agentes e clubes portugueses, ligados à prática dos desportos náuticos, a reunirem esforços no sentido de criarem uma Federação de Motonáutica. O primeiro sinal surge a 26 de Março de 1964, numa reunião que juntou múltiplas associações e clubes na sede do Sport Algés e Dafundo. Dessas movimentações resultou, pouco tempo depois, a criação da Federação Portuguesa de Motonáutica, cujos estatutos foram publicados no Diário do Governo nº. 148 – III ª. Série, de 25/06/64.

Graças à regulação da actividade motonáutica, os pilotos portugueses começam a participar em diversas provas nacionais e internacionais, reforçando substancialmente a sua qualidade competitiva.

Nomes como Manuel Alves Barbosa (Campeão da Europa da Classe EU) e Mário Gonzaga Ribeiro (participante nas “6 Horas de Paris” e várias vezes Campeão Nacional) ganham crescente visibilidade em Portugal e no estrangeiro.

O interesse pela modalidade alarga-se então a outras zonas do pais, como Aveiro, Cascais e Portimão, cidades onde são promovidas importantes competições internacionais. Em Ovar, Castelo do Bode, Salvaterra e Figueira da Foz, por sua vez, surgem diversas provas nacionais.

A 30 de Janeiro de 1965 tem lugar o 1º. Congresso da F.P.M., presidido pelo actual Presidente da Assembleia-Geral, António Feu. Nos anos seguintes, a motonáutica conhece uma forte evolução, culminando, em 1978, com a atribuição pelo Estado à F.P.M. do estatuto de Pessoa Colectiva de Utilidade Pública.

A partir da década de noventa, a motonáutica nacional ganha uma importância sem precedentes. Portugal é então palco de algumas das mais importantes competições internacionais, como os Campeonatos do Mundo de Fórmula 1 e Fórmula 3, Classe 1, Powerboats V24, dos Campeonatos da Europa e do Mundo de Fórmula 4, dos Campeonatos da Europa e do Mundo de Motas de Água, dos Campeonatos do Mundo das classes PR 550 e PR 750 e dos Campeonatos da Europa e do Mundo de Fórmula Futuro.

Também neste período, diversos pilotos portugueses alcançam resultados da maior relevância:

Duarte Benavente consagra-se Campeão do Mundo da “S 850” e participa na Fórmula 1; Pedro Fortuna é Campeão do Mundo da S 850 e cinco vezes Campeão da Europa da Fórmula 4; Luís Miguel Ribeiro sagra-se Vice-Campeão da Europa da Fórmula 4; Vítor Ferreira é Campeão do Mundo de Motas de Água; J. M. S. Machado é Vice-Campeão da Europa de Motas de Água;

Alain Thiriart sagra-se Campeão do Mundo da Fórmula Futuro na Classe 5; e Diogo Botelho é Campeão do Mundo de Fórmula Futuro na Classe 4.A F.P.M. encontra-se, actualmente, fortemente empenhada na área da formação, em especial nos escalões iniciados dos 8 aos 16 anos, de maneira a divulgar a modalidade entre os mais jovens e a estimular o aparecimento de novos valores.